Saturday, December 23, 2006

Do nosso próprio frio

Meu amor,
Soubemo-nos ser,
Nascer, viver
Para depois afundar
Tudo no mar.
Fizemo-nos nus,
Transparentes,
Para depois morrermos
Do nosso próprio frio.

Não sabemos continuar,
Não sabemos deixar de deixar.
Nascemos,
Vivemos
E vamo-nos matando,
Matando
Bem devagar.