
Pega o meu peso morto
Que chega somente pela manhã
E anoitece-me de beijos,
Esses traduzidos em nada.
Ai! O álcool da tua boca
Que me embebeda longe
E bem perto do teu corpo,
Esse letrado de suor.
Joga-me e roga-me
Na orelha pendurada na língua,
No teu bizarro odor,
Esse que tapa-me o coração.
(Fotografia - Ana Hierro)