Tuesday, February 21, 2012


Comemos sem horas, com relógios, quase que propositadamente para o atraso. Chama-me pelo nome para jantar, pondo os pratos ainda lavados para detalharmos os pormenores deste atraso, do sabor a café na ponta da língua. Cigarros, esses, contamos por entre os dedos e apagamos os ponteiros nas suas pontas. Migalhas foram e sobraram do vento que passou. Na parede estás tu e eu na cama, quando acabaram as cinzas e as mortalhas. Fotografias quase rasgadas. Apagamos a luz e o tempo começa a contar.