Tuesday, April 27, 2010


Pega o meu peso morto
Que chega somente pela manhã
E anoitece-me de beijos,
Esses traduzidos em nada.

Ai! O álcool da tua boca
Que me embebeda longe
E bem perto do teu corpo,
Esse letrado de suor.

Joga-me e roga-me
Na orelha pendurada na língua,
No teu bizarro odor,
Esse que tapa-me o coração.

(Fotografia - Ana Hierro)