Tuesday, November 26, 2013
Monday, April 29, 2013
Ergueu-se em quatro paredes
de plástico,
Carregou-se em quatro cruzes
de pântanos,
Tropeçou em quatro linhas de
relâmpagos,
Derretendo as pernas
causticas.
Fechou-se em três pares de
guilhotinas,
Caiu-se em três lâminas de
avenidas,
Voou em três sentidos
dispersos,
Chamando, estrangulado, por
mães divinas.
Sentou-se em duas pedras no
aproximar da morte,
Gritou-se duas vezes em pai,
irmão e amor,
Chamou em dois versos de
sorte,
O nascer e o morrer sem dor.
Caminhou-se em uma direcção,
Ir-se sem retorno e na
confusão,
Sussurrou mãe, mãe, mãe
E lá, não estava mais que
ninguém.
Tuesday, January 08, 2013
Horta dos Incêndios
Senhor Poeta, tome a benção
Na horta dos incêndios,
Desçamos ao calor dos infernos
E, de repente, na poesia possamos
Queimar toda e qualquer emoção.
Nela aplicar todas as catástrofes,
Todas as bombas nucleares do coração,
E nela respirar, soltando um não.
Olhe olhe, senhor poeta,
Desçamos cúmplices aos hospicios
E na loucura, juntos e em linha recta,
Rasguemos, depois de nos amarrarmos,
toda a podridão.
Subscribe to:
Posts (Atom)