Horta dos Incêndios
Senhor Poeta, tome a benção
Na horta dos incêndios,
Desçamos ao calor dos infernos
E, de repente, na poesia possamos
Queimar toda e qualquer emoção.
Nela aplicar todas as catástrofes,
Todas as bombas nucleares do coração,
E nela respirar, soltando um não.
Olhe olhe, senhor poeta,
Desçamos cúmplices aos hospicios
E na loucura, juntos e em linha recta,
Rasguemos, depois de nos amarrarmos,
toda a podridão.
1 comment:
Vamos os três.
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