No dia
No dia em que te matares,
Estica os teus lençóis,
Lava-te no teu perfume
E põe o teu melhor colar,
Ao som do rádio de estrume.
Coloca a roupa a secar ao
sol,
Entre as moscas e a neblina
matinal,
Nesse dia em que te matares.
Leva o miúdo ao infantário,
Esse, o que nos inicia no
social,
Por entre buzinadelas de
gente,
E sinais nunca dantes
fechados,
Beija-o no stress das horas
vagarosamente.
E no dia em que te matares,
Depois de te lavares,
Podes-te sempre lembrar
Que no outro dia jamais te
vais levantar.
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