Friday, July 15, 2005


Baloiço

Vai e vem
O menino sem saber.
Cresce sem notar,
Sem noção de mal ou bem
Num doce baloiçar.

Vai e vem o baloiço
A ranger suavemente,
Num ir e vir naturalmente.
Agora já não o oiço.

E cresce sem pensar,
Muda sem mudar,
O menino que fui eu,
Sem horários, nem relógios,
Vive simplesmente.

Cresce alegremente inocente,
Cresce em nós mas depois morre.
Já não existe no presente
Quando o olho para trás do cimo da torre.

7 comments:

Anonymous said...

Esse menino do baloiço que tu eras ainda continua aí escondido num cantinho do teu coração...
Por trás desse homem, dessa fachada ainda mora a inocência, a fantasia de uma criança. E não deixes que ela morra! Irá ser sempre parte integrante e fundamental do homem que és e te tornarás um dia...
ADOREI alminha! Simplesmente fantástico!
Beijinhos

jocasimo said...

Este poema foi um dos melhores que já li em toda a minha vida! Nem acredito k tenhas sido tu a escrever isto.. muitos parabéns!! Realmente.. tás lá meu, grande Ricardo!!

* Ju * said...

Não imaginas as saudades que tenho de ser crinaça...
Tudo era tão... simples... toda aquela inocência, toda a ingenuidade, todo aquele viver a vida sem preocupações... quem me dera voltar a ser criança...

não imaginas as saudades que tenho de andar de baloiço...

*beiju* ( adorei ;) )

Anonymous said...

Superas tdas as espectativas... afinal, tb es um apaixonado.. um apaixonado pla vida!!
por vezes, ao olhar um baloiço, surge a recordação de um tmpo inocente.. sem os porquês k este mundo transporta consigo...
Tempo k nos deixa saudades... mas a harmonia da juventude é essencial.. e por isso " Vivemos um dia de cada vez!".. procurando smp um sorriso inocente... cmo o de uma criança!!
Bjo*

Anonymous said...

Não!
Não!

Esse menino não morreu!

Não!
ele está ai... em cada sorriso k mostras ao mundo! em cada brilho do teu olhar!
sem dúvida k esse menino não morreu1
esconceu-se de ti... tlv...
mx qt a isso n t preocupes! a menina k vive e salta e brinka e fala dentro de mim pode t ajudar a trazer o menino ca para fora... basta kereres!...
dá-me a tua mão!

va la...

esperu t no chão do nosso mundo...


O CÉU!

Anonymous said...

Tou mesmo muito impressionada...não conhecia a tua veia poética mas fiquei..sem palavras...adorei este poema..está simplesmente verdadeiro...só tenho a dizer que não deixes morrer "esse menino" pois ai deixas de viver...passas a estar vivo...beijocas maqueiro (não podia deixar d meter nojo..lol..já me conheces..lol)

Anonymous said...

Sinto falta desta inocência, estou farta da malícia que já não consigo evitar de pôr nas coisas. É tudo analisado ao pormenor! Já não vivo a vida como vivia antes, quando andava de baloiço... Agora não penso no presente, mas sim no futuro e moio o passado!
Pensamos demais, sentimos demais, analisamos demais, interrogamos demais... Porque não deixar viver, porque não deixar rolar, porque não deixar acontecer, porque não parar de perguntar porquê?
Qual Carpe Diem qual quê??? Impossível! O pensamento da morte, o pensar em tentar não pensar, a saudade de ficar feliz com qualquer ninharia e a falta de ingratidão infantil não o permitem.
“Ter no lugar do coração 1 donut, para deixar passar pelo meio o que não interessa”... sim, se faz favor!
Estraguei o dia dos meus anos porque lembrei-me que não queria crescer, que tenho medo de envelhecer, que vou perder gente e que eu própria vou acabar em nada... Vivo para o que a sociedade me pede, vou fazendo, mas vou acabar da mesma maneira que todos vão acabar! Então para que todo este trabalho?!?!
“A vida é uma causa perdida”... Ai é?? Então das duas uma, ou acabamos com ela ou vivemo-la como o menino que anda de baloiço. Somos cobardes e optamos sempre pela 2ªa opção, mas pensamos e vivemos como quem opta pela 1ª (pelo menos eu e tu). Quem não pensa assim tem a esperança de ser imortal e nós já perdemos essa esperança há muito tempo!
És negro como eu, e eu gosto disso! Este poema mexeu comigo, como tu também mexes comigo. Está fantástico! Parabéns Ricardo!
Beijos da tua Andy